PÉROLAS DE UM PROFESSOR DA UNIR - ZAIRO CARLOS PINHEIRO: ALGUNS SENTAM EM POLTRONAS QUE LHE SÃO CONFORTÁVEIS


 

Parte 2:


Hoje, dia 27 de setembro de 2011 não fosse a situação cômica por parte de um dos entrevistados na Rádio Educativa FM 94,5, seria indignante. Ainda bem que o hilário e o ridículo foram maiores.

Dois professores da Universidade Federal de Rondônia, lotados no Campus de Rolim de Moura, o Dr. Fabrício Moraes de Almeida e o Ms. Zairo Carlos Pinheiro, concederam entrevista à Rádio Liberdade, no programa Ponto de encontro com a educação, em que era tratada a situação da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), especialmente no que diz respeito a greve geral deflagrada no dia 14 de Setembro de 2011, culminando no último dia 20 de setembro no movimento FORA JANUÁRIO.

A ideia era que a livre expressão estivesse presente. Desse modo, o professor Fabrício expôs as razões da greve, a pauta de reinvindicações construída coletivamente em Rolim de Moura e em Porto Velho.

Já o professor Zairo, manifestou-se contrário a greve, direito dele e de todos que assim desejarem. O que não é direito de ninguém a desqualificação dos colegas professores universitários de maneira geral com uma visão generalizante ao insinuar que quem está em greve não PENSA ou ainda deve parar de PENSAR. Isso inclui não apenas os professores da UNIR, mas todos aqueles que se manifestam utilizando a greve como instrumento legítimo e legal na defesa de seus direitos (previsto constitucionalmente). Na mesma direção afirmou que a maior parte de nossos professores pensam como professores de Segundo Grau,como se os professores do Ensino Médio tivessem uma conduta inadequada, simplesmente por serem da educação básica.

Ao afirmar que existem profissionais na UNIR que possuem dedicação exclusiva e ministram aulas em Instituições privadas seria oportuno e um gesto de cidadania do denunciante informar ao Ministério Público Federal a situação que tanto lhe incomoda.

Neste momento coloco-me a refletir, já que não penso, assim como tantos outros, como posso escrever esse texto? Bom, deixemos a ironia de lado e vamos ao que interessa.

Para este professor não são necessárias condições mínimas de trabalho, afinal o magistério é para ele comparável ao sacerdócio, como professora de História da Educação lembro ao caro colega que essa concepção já foi ultrapassada há muito tempo, ou seja, a docência é PROFISSÃO.
Algumas afirmações:

ZAIRO: DIRETO AO PONTO (PROFESSOR ZAIRO): “A MINHA CONCEPÇÃO É QUE PROFESSOR UNIVERSITÁRIO NÃO TEM NADA HAVER COM O MOVIMENTO GREVISTA [...] PARA O PROFESSOR ADERIR A GREVE ELE DEVE PARAR DE PENSAR.”

ZAIRO: PROFESSOR QUANDO É DECENTE EM SUA PESQUISA EM SUA DOCÊNCIA ELE VAI LEVAR O MUNDO PRA FRENTE [...]

Lembro ao caro colega que do quadro efetivo do departamento de História da Unir (Rolim de Moura) existe um doutor e duas professoras doutorandas, ou seja, exceto o senhor ZAIRO, os demais tem ou estão no doutorado, algo que por si só pressupõe pesquisa e por sua vez decência. Além disso, somos membros de grupos de pesquisa devidamente registrados no cnpq, ainda que não haja financiamento algum por parte da UNIR.

O colega de departamento desqualificou todos os professores ao afirmar que os problemas que se apresentam são em sua maioria responsabilidade dos docentes. Desconsiderou a ingerência existente na instituição.

Agora uma pergunta: Tamanha defesa (em forma de pérola) expressa em público, significa mais do que um manifesto contra a greve é indiciária da qualidade dos que defendem a manutenção da atual reitoria.

Se pensar é manifestar tais pérolas, vou continuar não pensando. Tal ponto de vista é ofensivo a todos,mesmo os que não aderiram ao movimento. A partir de concepções dessa natureza é possível compreender o nível argumentativo que sustenta a atual Administração da UNIR e por consequência o desmantelo que afeta a Universidade, gerando o FORA JANUÁRIO.

CONTINUEMOS SEM PENSAR rsrsrs.
OUÇAM A ENTREVISTA.
Adriane Pesovento.

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