Nota Movimento estudantil secundarista e UNIR
Estudantes
Secundaristas: Nossa luta é uma só!
Porto
Velho, 28 de agosto de 2012
O
DCE/UNIR
- Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de
Rondônia
sabedor da indignação dos estudantes secundaristas de Porto Velho e
de todo o Estado em decorrência da suspensão do ingresso de novos
estudantes na UNIR, vem a público se manifestar positivamente às
manifestações acontecida e chamá-los para fortalecer
a luta em defesa da educação superior pública.
Compreendemos e enxergamos a justeza da manifestação organizada pelos estudantes de várias escolas da capital neste dia 27 de agosto em frente a UNIR centro e lembramos que em 2010 estudantes secundaristas e universitários se uniram e ocuparam o prédio da reitoria para barrar a adesão integral da universidade ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e garantir a segunda fase do processo para aquele ano. Existe um histórico várias lutas entre universitários e secundaristas em Porto Velho, é importante entendermos que a nossa luta é uma só. Portanto devemos lutar juntos.
A
UNIR adota as notas do ENEM para realizar a classificação dos
alunos. Portanto quem fizer o ENEM e tiver nota compatível com o
edital de seleção a ser publicado pela UNIR terá consequentemente
vaga garantida na universidade. O problema está em quando esses
estudantes aprovados ingressarão efetivamente na instituição. As
turmas novas que iniciam normalmente em meados de março, só poderão
ingressar após o fim da greve dos professores (que depende de
indicativo nacional) e conclusão do segundo semestre de 2012, que
está suspenso desde o dia 9 de agosto por decisão do Conselho
Superior Acadêmico (CONSEA).
Desde o dia 17 de maio os estudantes da UNIR e de várias instituições federais de ensino superior estão sem aulas em decorrência da Greve Nacional dos Docentes, reivindicando reajuste salarial, plano de carreira e melhores condições de trabalho.
O
Governo Federal é o único responsável pelo
agravo dos problemas gerados nas universidades durante os ultimos
meses, como suspensão de calendários acadêmicos e vestibulares.
Enquanto gasta centenas
de bilhões
dos cofres públicos em obras da copa do mundo e olimpiadas, doa
outras centenas de bilhões aos banqueiros, perdoa divida de 13,5
bilhões
aos empresários de faculdades privadas e entrega 10
bilhões
ao FMI para “salvar” a crise europeia, se nega a negociar e
apresentar uma proposta que atenda as reivindicações das categorias
em greve. Como se não bastasse fingir que nada escuta e nada vê,
mandou cortar o pagamento de quem não voltar ao trabalho. Esta é a
política fascista da presidenta Dilma Rousseff (PT).
Assim como grande parte dos estudantes por todo o Brasil, apoiamos integralmente a dura luta que os professores estão travando contra o Governo Dilma e seus lacaios, como o monopólio de imprensa e as forças policiais do Estado Brasileiro. Entendemos que somente a luta organizada e combativa dos trabalhadores transformará a atual realidade brasileira. Ressaltamos que neste momento em várias universidades pelo país os estudantes encontram-se em greve, realizando manifestações e ocupando prédios em suas faculdades.
Devemos concentrar nossas energias para combater as causas dos problemas enfrentados pelos estudantes, funcionários e professores das universidades públicas. O Ministério da Educação (Aloizio Mercadante - PT) com suas políticas de privatização e contra-reforma universitária sucateiam e destroem o ensino superior público há anos, porém, desde 2007 implanta de forma irresponsável e catastrófica o REUNI. Este famigerado “programa de expansão das universidades”, no qual se cria novos cursos, amplia-se o número de vagas, mas não se garante estrutura física mínima de funcionamento e nem contratação de professores suficientes, é o mais duro golpe que o ensino superior público sofreu nos últimos anos. Esta situação gerou a grande greve que vivemos hoje nas universidades e institutos federais.
Dado tal situação, conclamamos o movimento estudantil secundarista a caminhar conosco ombro a ombro num forte e continuado combate ao lado de professores e técnicos das universidades para defender com unhas e dentes melhores condições de estudo e trabalho. Realizaremos, conjuntamente, um Grande Ato no dia 30 de agosto no centro da cidade de Porto Velho.
Terminar
esta greve com vitórias, será um grande passo para por fim à
angústia de todos. Mas vitória cabal e completa implicará em muita
luta e sacrifício, combatendo de forma implacável os inimigos do
povo e os inimigos da educação. A greve é nacional e
essencialmente luta pela construção da educação pública
gratuita, de qualidade e verdadeiramente democrática.
Pressionar
o governo federal, MEC e ministério do planejamento (responsável
pela liberação das verbas) com intuito de retomar a mesa de
negociação e acatar as reivindicações dos professores é apenas
uma das tarefas. Porém, nada alcançaremos de forma passiva e
legalista. É necessário trilhar os caminhos de luta que o movimento
estudantil combativo no Brasil e no mundo a muito nos tem ensinado.
Ir
ao combate sem temer, ousar lutar, ousar vencer!
TODO APOIO A GREVE DOS DOCENTES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS!
NEGOCIAÇÃO
IMEDIATA JÁ! NENHUM DIREITO A MENOS!
ABAIXO
A CONTRA-REFORMA UNIVERSITÁRIA DO BANCO MUNDIAL!
VIVA
AO MOVIMENTO ESTUDANTIL COMBATIVO DE RONDÔNIA!
DCE/UNIR
- Diretório Central dos Estudantes da UNIR
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