PROTESTO POPULAR DENUNCIA A FARSA ELEITORAL E AUMENTO ABUSIVO DE SALÁRIO DE VEREADORES


Dezenas de Estudantes e populares participaram de Ato Público na Câmara de Vereadores de Rolim de Moura, na tarde da última segunda-feira, 20 de agosto. O protesto teve como objetivo denunciar o aumento abusivo do salário de vereadores, que por projeto de lei será fixado em R$8.000,00. A alegação para tal aumento, por parte dos vereadores é a de que o salário dos deputados estaduais é de R$20.000,00 e que, portanto, os mesmos também têm direito a aumento.

Os estudantes da Escola Cândido Portinari, saíram em passeata pelo centro da cidade e gritando palavras de ordem como “Eleição é farsa, não muda nada não, o povo organizado vai fazer revolução”, “viva a revolução estudantil” e “Rebelar-se é justo”. A mobilização dos estudantes rompeu com o autoritarismo da direção da escola que mais uma vez tentou impedir a manifestação dos estudantes. Estes, também denunciaram o Conselho Tutelar do município que tentou coagir os estudantes que se encontravam na câmara de Vereadores. Pais que participavam da manifestação decidiram ingressar com denúncia junto ao Ministério Público se for levada à frente qualquer tentativa de perseguição política contra os estudantes.

O Projeto de Lei que prevê o aumento dos vereadores para R$8.000,00 foi retirado da pauta após a mobilização popular que denunciou a imoralidade do reajuste. Atualmente os vereadores ganham cerca de R$4.200,00, além de outros benefícios como assessoria parlamentar, verba de gabinete, combustível, etc. Populares denunciaram que a Câmara de Vereadores adquiriu um veículo Corolla, quando um veículo mais barato poderia ser adquirido.

Reunidos no plenário, a sessão da Câmara foi iniciada com meia hora de atraso e um vereador do PT, Márcio Mateus se inscreveu para justificar a retirada do projeto de pauta, momento em que estudantes indignados deram continuidade ao protesto exigindo explicações. O presidente da Câmara, Jairo Benetti, convocou a PM para reprimir a manifestação e suspendeu a sessão. Os estudantes não se intimidaram com a pressão e continuaram denunciando os desmandos dos políticos e o caos na saúde, na educação a precariedade das ruas nos bairros mais pobres, o arrocho salarial do funcionalismo público.

Os vereadores começaram a se retirar, vendo a disposição de luta dos estudantes, funcionários públicos municipais, professores e outros populares vaiaram e cercaram o presidente da câmara ao final da sessão. Novas manifestações prometem impedir o aumento imoral e abusivo do salário de vereadores. O descontentamento geral em relação à ação de vereadores, deputados, senadores, governador e presidente fez com que os presentes iniciassem uma campanha de NÃO VOTAR. A expectativa é que as abstenções sejam as maiores já registradas.

A crise política também atinge o prefeito, Sebastião Serraia (PMDB) que anunciou corte de gratificações do funcionalismo e de cargos de chefia. Até secretários entregaram os cargos e atualmente o prefeito assumiu as funções de secretário de Educação e outras pastas. O funcionalismo denuncia que o prefeito quer acumular mais salários até o fim de seu mandato.

Novas mobilizações ocorrem em redes sociais para que a população aumente protesto popular. “Convocamos a população para fazer barricadas nos bairros denunciando o abandono! É preciso ir às ruas, com paus, pneus e mostrar que o povo está revoltado! Não nos ameacem senhores políticos, policiais e diretores reacionários! Nosso movimento é justo e honesto e não nos calaremos!” enfatizou um estudante.

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