GREVE NA UNIR: CLIMA ESQUENTA COM ACUSAÇÕES DE PORTA-VOZ DA REITORIA EM RÁDIO DE ROLIM DE MOURA E PRÓ-REITOR NÃO APARECE NO CAMPUS

Um dos porta-vozes do Reitor no Campus de Rolim de Moura, Zairo Pinheiro, em entrevista à Rádio Liberdade FM, no programa Ponto de Educação, na última segunda-feira, 26 de setembro, ao meio dia, acusou os professores e estudantes em greve de “não pensar”. Só entra em greve quem não pensa, foi enfático no programa: “A MINHA CONCEPÇÃO É QUE PROFESSOR UNIVERSITÁRIO NÃO TEM NADA HAVER COM O MOVIMENTO GREVISTA [...] PARA O PROFESSOR ADERIR A GREVE ELE DEVE PARAR DE PENSAR”. Questionado pelo prof. Dr. Fabrício Moraes de Almeida, da situação em que se encontra a UNIR, disse Zairo que os professores “pensam como professores de segundo grau”, e ainda, “Einstein produziu sem laboratório nenhum”, acusando os colegas de não fazerem pesquisa por que não quererem. Professores do Ensino Médio ficaram revoltados com o termo utilizado por Zairo, sentindo-se ofendidos com as afirmações. “Um indivíduo que não sabe que mudou a nomenclatura de 2º grau para Ensino Médio, dizer que é professor Universitário é um absurdo! Como ele conseguiu passar nesse concurso de professor efetivo da UNIR?”, afirmou um professor da rede pública estadual presente no protesto. “Este tipo de discurso preconceituoso, desinformado e autoritário, me faz apoiar os colegas da UNIR, estudantes e professores, que estão na luta em defesa da Educação Pública”, concluiu um professor da Escola Carlos Drummond de Andrade, de Rolim de Moura. 

ENTREVISTA: http://dceunir.blogspot.com/2011/09/perolas-de-um-professor-da-unir-zairo.html.

Outro fato que não agradou os manifestantes foi o fato do Pró-Reitor de Planejamento, que havia agendado reunião no campus, não ter comparecido. Em Nota, a reitoria informou que na terça-feira, estaria presente pró-reitores para discutir sobre “Plano de Saúde”, contudo, estes não compareceram no campus e no seu lugar, apenas um técnico da Unir de Porto Velho, Júnior Siqueira, tentou realizar reunião mas foi alvo de protestos dos estudantes e professores em Greve que realizaram panelaço com panelas, tambores e apitos.

REITOR EXPULSO DE GUAJARÁ-MIRIM

A estratégia da Reitoria da UNIR é a de tentar conter o movimento, com reuniões por campi. Em Guajará-Mirim, o reitor Januário Amaral, simultaneamente à agenda de Rolim de Moura, tentou coagir professores a desistirem da Greve e ao ser interpelado por estudantes do campus sobre a pauta de reivindicações, titubeou sem dar maiores informações concretas. “Só promessas”, enfatizou uma das representantes do movimento de Greve dos estudantes. Ao som de vaias e de “Fora Januário”, acabou sendo expulso do campus pelos acadêmicos.

Seguindo a mesma estratégia, o reitor anunciou que se reuniria em assembléia com estudantes, que já haviam informado que compareceriam à reunião em Porto Velho, na UNIR Centro, prédio da Reitoria; mas foram impedidos de entrar por policiais federais e um efetivo da Polícia Militar, que teve aval de Confúcio Moura, colega de partido de Januário. Estudantes acusaram o reitor de tentar enganá-los.

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